BLOGGER FABIO LAZARINI

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

CIENTISTAS DESCOBREM PRIMEIRO LENÇOL DA HISTÓRIA,FEITO HÁ 75 MIL ANOS (ÁFRICA DO SUL)

Amostra do fóssil das plantas

Objeto era entrelaçado de folhas e raízes, com um centímetro de espessura.
Fósseis que levaram ao achado estavam em sítio arqueológico sul-africano.

Cientistas encontraram na África do Sul vestígios do primeiro lençol da história da humanidade.


A conclusão veio da análise de 15 fósseis diferentes, de plantas usadas entre 38 mil e 77 mil anos atrás, em estudo publicado na edição desta sexta-feira (9) da revista “Science”.

O material estava no sítio arqueológico de Sibudu, na região sudeste do país

A descoberta é 50 mil anos mais antiga que qualquer outro vestígio de lençóis de que se tenha notícia. Além disso, é mais uma informação importante sobre como se comportavam os humanos modernos em sua origem.

Os primeiros indivíduos de nossa espécie – Homo sapiens – surgiram há cerca de 200 mil anos, no sul da África, e começaram a se espalhar pelo mundo aproximadamente 50 mil anos atrás.

Esse lençol pré-histórico consistia em um entrelaçado de raízes e folhas, com um centímetro de espessura e uma área que podia chegar a três metros quadrados.


Ele era revestido por folhas de uma espécie de marmeleiro, que contêm uma substância química capaz de repelir mosquitos.



A planta ainda é usada pelos atuais habitantes da África do Sul

na confecção de colchões
Multiuso

“A seleção dessas folhas para a confecção de cobertores sugere que os primeiros habitantes de Sibudu tinham um profundo conhecimento das plantas em redor da gruta, e tinham consciência de seus usos medicinais.


Remédios naturais teriam oferecido vantagens à saúde humana, e o uso de plantas repelentes acrescenta uma nova dimensão à nossa compreensão do comportamento humano 77 mil anos atrás”, afirmou em nota Lyn Wadley, da Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, que liderou a equipe de pesquisa.

“Esse lençol não era usado só para dormir, mas oferecia também uma superfície confortável para viver e trabalhar”, completa a pesquisadora.

Foram encontrados ainda outros vestígios que mostram que os lençóis se tornaram gradualmente mais comuns na região. Com o tempo, eles passaram a ser queimados depois de perder a função original.

“Eles colocavam fogo nos lençóis usados, possivelmente como uma forma de remover pestes. Isso prepararia o local para ocupações futuras e representa um uso ainda desconhecido do fogo para a manutenção de um local de ocupação”,


diz Christopher Miller, da Universidade de Tübingen, na Alemanha, responsável pela análise microscópica do material.

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