BLOGGER FABIO LAZARINI

segunda-feira, 9 de maio de 2011

FORÇAS LEAIS A EX-LÍDER MATAM AO MENOS 120 NA COSTA DO MARFIM...

Alassane Ouattara presta juramento como presidente da Costa do Marfim, encerrando cinco meses de crise

Ao menos 120 civis foram assassinados nos dias 5 e 6 de maio em ataques realizados no litoral da Costa do Marfim por milicianos leais ao presidente deposto Laurent Gbagbo e mercenários liberianos que fugiam de Abidjã, afirmou nesta segunda-feira o ministério da Defesa marfinense.


"Os últimos combatentes a serviço do ex-presidente Laurent Gbagbo eram mercenários liberianos e milicianos marfinenses. Tomaram como refém a comunidade de Yopugon (em Abidjã), mas ao fugir de lá, nos dias 3 e 4 de maio de 2011, dirigiram-se às suas regiões natais", indicou o ministério em um comunicado.


Yopugon, um imenso bairro popular no oeste de Abidjã --convertido em último bastião das forças pró-Gbagbo após sua prisão no dia 11 de abril-- foi a última região da capital econômica a ficar sob controle das Forças Republicanas da Costa do Marfim (FRCI), do presidente Alassane Ouattara.


Dirigindo-se à fronteira com a Libéria, estes homens armados mataram 120 civis, entre os quais mulheres e crianças, nos dias 5 e 6 de maio nas cidades de Irobo, Grand Lahou, Fresco e na região de Sassandra, ao longo do litoral a oeste de Abidjã, segundo o ministério.


Estas comunidades votaram a favor de Alassane Ouattara nas eleições presidenciais de 28 de novembro, segundo as autoridades.



NOVO GOVERNO

O presidente eleito da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, prestou juramento na última sexta-feira para assumir o cargo, encerrando oficialmente uma crise política que se arrastou por cinco meses e deixou centenas de mortos em confrontos entre forças dos dois lados.

Ouattara foi o vencedor das eleições na Costa do Marfim em novembro do ano passado, reconhecido pela comunidade internacional. Laurent Gbagbo, que já estava no poder, se recusou a renunciar e apelou ao Conselho Eleitoral por uma recontagem de votos, que favoreceu sua campanha.

A partir de então, forças dos dois lados se enfrentaram em confrontos que deixaram centenas de mortos e ameaçaram levar o país de volta à guerra civil de 2002 e 2003.


No começo de abril, pressionado pela comunidade internacional, Gbagbo se refugiou em um bunker no porão de sua residência em Abdijã, cercada por tropas de Ouattara.
As forças pró-Ouattara, dominadas pelos rebeldes que controlam o norte desde a guerra civil de 2002 e 2003, entraram em Abidjã no final de março, mas foram confrontadas durante dias por soldados leais a Gbagbo.


Diante de um cessar-fogo, ele chegou a negociar uma rendição com a França e a ONU (Organização das Nações Unidas). Pouco depois, contudo, voltou atrás e disse que não reconhece Ouattara como presidente.

O fim do impasse ocorreu depois que helicópteros franceses e da ONU destruíram as armas pesadas de Gbagbo, permitindo que as forças de Ouattara entrassem no complexo de Gbagbo e o prendessem.

O Conselho Constitucional, máxima instância judicial da Costa do Marfim, aceitou na véspera Ouattara como presidente da República, abrindo caminho para sua posse.

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