BLOGGER FABIO LAZARINI

sábado, 30 de abril de 2011

ARTISTA ESCULPE ROSTOS HUMANOS EM ANIMAIS EMPALHADOS (ESTADOS UNIDOS)...


Clark diz que se interessou pelo tema da expressividade humana ainda na universidade, onde começou a desenvolver as esculturas. Usando animais empalhados, ela passou a manipular seus rostos, para que pudessem ter expressões semelhantes às humanas.

"Eu amo animais, então sou sensível ao fato de que uso pele animal", disse ela à BBC Brasil. "Usar o couro do animal e transformá-lo, ao invés de usar elementos artificiais, é o conceito mais importante por trás do trabalho", diz.

Segundo Clark, sua obra fala sobre a necessidade de equilíbrio entre homens e animais ao tentar aproximar as expressões pelas quais se comunicam, e não sobre a supremacia do ser humano na natureza.

"Em nossa cultura atual, nós desprezamos a importância de nossas semelhanças e parentescos dentro do reino animal", afirma a artista americana.


PELE, CRÂNIO E ARGILA

Clark recebe, de um fornecedor especializado, a pele com cabeça do animal. A pele é separada e preenchida com espuma. Ela limpa o rosto do animal, retirando pele e restos de carne, e o modifica com uma base de argila, até que se pareça com o rosto de uma pessoa.

A escultora diz que o vendedor de peles com quem trabalha a procura quando tem animais inusitados que não foram vendidos. Ela diz que jamais solicitou a caça específico de um animal para seu trabalho.

A artista procura aproveitar pálpebras, cílios e outras partes originais das faces dos animais nas faces esculpidas.

Ela diz que prefere utilizar familiares e amigos como modelo para os rostos que esculpe aos invés de "faces idealizadas". Para ela, a escultura final deve contar a história do animal, através de uma expressão facial com a qual os humanos possam se conectar.

"Meu objetivo é que os híbridos sejam honrados, belos e vívidos. Eu evito sorrisos estáticos ou caretas. As esculturas não são feitas para serem sátiras de uma pessoa específica, cuja personalidade é um estereótipo da 'simplicidade' dos animais", diz.

Segundo a americana, as esculturas provocam reações fortes nos espectadores, que muitas vezes não conseguem se aproximar das obras.
"A reação nem sempre é positiva, mas muitas pessoas se interessam pelo trabalho. Já tive pessoas que se relacionaram com ele de várias maneiras, de seus interesses em mitologia a espiritualidade e questões ambientais."

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