Enterro das jovens aconteceu na manhã desta terça-feira (29) em Cunha.Amigas da escola dizem temer violência depois de morte das irmãs.
O trabalhador rural José Benedito de Oliveira, de 57 anos, afirmou na manhã desta terça-feira (29) que perdoa o criminoso que matou suas filhas Josely Oliveira, de 16 anos, e Juliana Oliveira, de 15, assassinadas em Cunha, a 231 km de São Paulo. As duas irmãs foram mortas a tiros a cerca de 8 km do local onde foram vistas com vida pela última vez, na quarta-feira (23). “Perdoo de coração. Jesus diz que devemos perdoar e espero que ele não faça isso com outras pessoas”, afirmou Oliveira, logo após o enterro das jovens. O sepultamento ocorreu por volta das 10h20 e reuniu mais de mil pessoas no Cemitério Municipal de Cunha. O trabalhador rural acrescentou que não esperava que as filhas fossem localizadas mortas. “Agora, é rezar e orar muito”, disse, ainda muito abalado com o assassinato das jovens.
Pai das irmãs é consolado
Durante o enterro, dezenas de adolescentes choravam ao redor do túmulo.
Amigas e conhecidas das irmãs disseram à equipe de reportagem do G1 que estão com medo da violência. “Aconteceu uma reunião na escola e pediram aos pais que não deixem as filhas saírem sozinhas”, afirmou a estudante Sueli Aparecida Oliveira, de 18 anos. Outras estudantes, que falaram apenas na condição de anonimato, contaram que o clima na escola, assim como em toda a cidade, é de indignação e tristeza. “Estava horrível nas aulas, todo mundo abatido. Quando soubemos [das mortes], ninguém esperava, foi muita tristeza”, disse uma jovem. A opinião das colegas era unânime quanto à personalidade das meninas. “Elas eram muito felizes, bem quietas, mas nunca tiveram inimizades. Iam muito bem na escola e todos os professores elogiavam”, disse Sueli.
Violência
Segundo informações do Instituto Médico-Legal (IML), Juliana recebeu quatro projéteis - um na cabeça e três no peito - e Josely recebeu dois - um na cabeça e um no peito. O exame não determinou se as duas sofreram abuso sexual. A polícia técnica enviou material para o Instituto de Criminalística em São Paulo, para uma análise mais detalhada. Moradoras na zona rural, Josely e Juliana foram vistas pela última vez ao descer do ônibus escolar por volta das 18h30, a cerca de 1 km da casa delas. Os corpos foram encontrados nesta segunda-feira (28) após uma operação que envolveu helicópteros e cães farejadores durante todo o fim de semana. Josely estava no segundo ano do segundo grau e Juliana, no primeiro. Os pais são casados há 19 anos e a família tira a renda da produção rural.
ISSO É UM ABSURDO COMO PODE ACONTECER UMA COISAS DESSAS, E NO FINAL DA HISTORIA FICA ICONCLUSIVA E OS CULPADOS SOLTOS
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