BLOGGER FABIO LAZARINI
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
SATÉLITE DESATIVADO DA NASA DEVE CAIR NA TERRA NESTA SEXTA-FEIRA (ESTADOS UNIDOS)...
Agência espacial insiste que o risco para as pessoas é pequeno; ainda é cedo para saber ponto de impacto
CABO CANAVERAL, Estados Unidos - Um satélite científico desativado da Nasa deve cair nesta sexta-feira, 23, na Terra, espalhando detritos em algum ponto imprevisível do planeta, segundo cientistas da agência espacial norte-americana (Nasa). A agência espacial insiste que o risco para as pessoas é extremamente pequeno.
A agência espacial americana descartou que o satélite artificial vá cair sobre a América do Norte, embora ainda não possa precisar o lugar do impacto.
"O reingresso deverá acontecer durante a tarde no leste dos Estados Unidos", indicou um comunicado da agência. "O satélite não estará em trajetória sobre a América do Norte nesse período", acrescentou.
Segundo a Nasa, ainda é muito cedo para prever a hora e o local de reingresso com mais certeza, mas os prognósticos serão mais precisos nas próximas 24 horas.
A probabilidade de que alguma pessoa seja atingida pelos detritos é de um em 3.200, afirmou a agência espacial.
A previsão inicial era que o satélite cairia no final de setembro ou no início de outubro, mas sua queda foi antecipada pelo forte aumento da atividade solar na semana passada.
Nasa. "A atmosfera muda todos os dias. É impossível dizer como isso irá afetar a sua volta", disse Michael Duncan, vice-líder do departamento de percepção situacional do espaço no Comando Estratégico dos Estados Unidos.
A órbita do satélite sobrevoa a maior parte do planeta e por enquanto, só se sabe que ele cairá entre o norte do Canadá e o sul da América do Sul.
Segundo a Nasa, os detritos muito provavelmente cairão no oceano ou em áreas desabitadas. A órbita do satélite passa por grande parte do planeta, desde o norte do Canadá até parte do sul da América do Sul. A probabilidade de que alguém seja atingido pelos detritos é de um em 3.200, afirmou a agência espacial.
Devido ao seu grande tamanho, a entrada na atmosfera do satélite será visível, caso haja alguém por perto.
Mesmo a Nasa tendo explicado que não se conhece nenhum caso de pessoas feridas por objetos espaciais, as Forças Armadas dos Estados Unidos advertem os cidadãos que, caso os restos do satélite caiam em uma área povoada, que avisem as autoridades e que não toquem estas peças.
O motivo do aviso não é apenas por questões de segurança, mas também porque todos os restos do satélite são propriedade do Governo americano, de modo que, insistem as autoridades, "não se pode vender para colecionadores, nem através do site eBay".
O satélite. O Uars (Satélite de Pesquisas da Atmosfera Superior, na sigla em inglês) pesa 6,5 toneladas e foi colocado em órbita pelo ônibus espacial Discovery em 1991.
Projetado para medir as mudanças atmosféricas e os efeitos da poluição, ele funcionou durante 14 anos fazendo medições do ozônio e de outras substâncias químicas da atmosfera.
Desde que completou sua missão, em 2005, o Uars vem lentamente perdendo altitude, por causa da gravidade terrestre. Na sexta-feira, a peça de 10,6 metros de comprimento e 4,5 metros de diâmetro deve mergulhar na atmosfera, segundo o site da Nasa.
A maior parte do equipamento acabará sendo incinerada na queda, mas os cientistas preveem que até 26 peças, com um peso total de 500 quilos, poderão sobreviver ao atrito e cair em algum lugar do planeta. O maior pedaço esperado, parte da estrutura do satélite, deve pesar 150 kg.
Outros casos. Satélites e corpos rochosos caindo na Terra não são nenhuma novidade. No ano passado, cerca de 400 pequenos pedaços de detritos entraram em nossa atmosfera e puderam ser encontrados.
Partes velhas de foguetes e satélites entram na atmosfera terrestre uma vez por semana. Um grande satélite como o UARS (que tem 10 metros de comprimento e 4,5 metros de diâmetro) volta à Terra uma vez por ano.
É muito difícil calcular com precisão quando chegará à Terra um satélite fora de controle. Qualquer pequena mudança na hora de sua volta na atmosfera é traduzida em milhares de quilômetros de diferença sobre o lugar onde cairá.
A chegada do Uars estava prevista para final de setembro ou início de outubro, mas sua queda será antecipada devido ao forte aumento da atividade solar na semana passada.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
MOTORISTA FOTOGRAFA FIM DE ARCO-ÍRIS EM ESTRADA NO REINO UNIDO (INTERNATIONAL)...
Cena foi registrada em rodovia em Surrey.
Imagem foi divulgada pelo jornal inglês 'Daily Mirror'.
Um motorista conseguiu fotografar o fim de um arco-íris em uma rodovia em Surrey, no Reino Unido. Mas, para sua decepção, a lenda de que existe um pote de ouro no fim do arco-íris estava errada, segundo o jornal inglês "Daily Mirror".
FOTOS MOSTRAM FESTA DE ANIVERSÁRIO DENTRO DE PRISÃO PARA PMS (RIO DE JANEIRO)...
Acusado de ser o principal matador de uma milícia da Zona Oeste, citado em pelo menos 16 assassinatos, o ex-PM Carlos Ari Ribeiro, o Carlão, levava uma vida livre, leve e solta no Batalhão Especial Prisional (BEP) da Polícia Militar, de onde fugiu no último dia 2 de setembro.
Além de comandar da cadeia um esquema de cobrança de TV a cabo clandestina, Carlão chegou a dar uma festa no BEP, regada a energético, refrigerante e uísque, para festejar o aniversário de um dos seus filhos.
O EXTRA teve acesso a fotografias que mostram o ex-PM circulando livre pelas dependências do BEP, usando joias de ouro, como relógio, anel, pulseira e cordão, durante a festa, realizada em setembro de 2010.
Para decorar o ambiente, bolas de aniversário foram colocadas no corredor de uma das alas, bem próximo às celas.
Cartazes com trechos bíblicos foram colados nas paredes. Em um deles, havia o nome de um dos filhos de Carlão. Os filhos e a mulher do PM também estiveram na comemoração.
Uma mesa com três tortas, decoradas com balas e barras de chocolate, também foi colocada em um dos corredores da unidade prisional.
Um dos convidados presentes seria Bruno Leonardo de Matos Ferreira, o Bruninho, que costumava ostentar o status de “afilhado do ex-PM” para passar por blitzes.
Gravações telefônicas feitas pela Polícia Civil flagraram Bruninho conversando com sua mulher, no dia 30 de março, dizendo que o “chefe” iria embora até o fim do ano.
No último dia 29 de julho, Bruninho e outro homem, que seriam acusados de operar uma espécie de disque-drogas, foram presos em flagrante, com papelotes de cocaína, na Zona Oeste do Rio.
PM não comenta
O EXTRA telefonou para o corregedor da PM, coronel Ronaldo Menezes. O ordenança do oficial atendeu o telefone. O repórter explicou o teor da reportagem e pediu para que o corregedor retornasse a ligação, o que não ocorreu.
O comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, também foi procurado. O objetivo era mostrar as fotos pessoalmente a ele, para que, em seguida, o oficial dissesse que medidas seriam tomadas.
A assessoria de imprensa da PM pediu para que as fotos fossem enviadas por e-mail. O jornal não concordou, para resguardar o sigilo da fonte que forneceu as imagens.
A assessoria, então, propôs que as fotos fossem levadas ao quartel-general, mas o comandante iria analisá-las com seus assessores sem a presença do repórter.
Mais uma vez, o EXTRA não aceitou, para impedir que a fonte pudesse ser descoberta (através dos dados gravados nos arquivos de imagem).
A PM, então, enviou uma nota ao jornal: “A Polícia Militar aguarda a veiculação da reportagem e das fotos, bem como o encaminhamento do material à corporação, a fim de que possam ser tomadas as providências mais rigorosas possíveis, que vão de abertura de sindicância até Inquérito Policial-Militar.
Já existe inquérito apurando as circunstâncias da fuga do ex-policial citado na reportagem, fuga esta que já levou um oficial à prisão”.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
AVIÃO FORA DE OPERAÇÃO PEGA FOGO EM AEROPORTO NA GRANDE SÃO PAULO...
Em disputa judicial, aeronave encontra-se em área restrita.
Não há informações sobre as causas do incêndio.
Um avião que se encontra em uma área restrita do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, pegou fogo por volta das 15h30 desta terça-feira (20), de acordo com informações da assessoria de imprensa da Infraero.
A aeronave, em disputa judicial, não estava sendo utilizada por qualquer companhia aérea.
A área onde se encontra o avião da Fly está localizada próxima ao sistema de pistas do aeroporto, mas não houve qualquer interferência nas operações de pouso e decolagem.
Outros cinco aparelhos (um da Fly e quatro da Vasp) estão no local.
A Infraero não soube informar o que provocou o incêndio no avião. Não havia informações sobre vítimas. As próprias equipes dos bombeiros do aeroporto foram acionadas para combater as chamas, que foram controladas.
CÃO VIRA PROTETOR DE MACAQUINHO RESGATADO EM FLORESTA NO JAPÃO (INTERNATIONAL NEWS)...
Macaquinho se perdeu em montanha durante passagem de tufão.
O cão chamado "Goma" tem cuidado de um bebê macaco selvagem que se perdeu em uma montanha em meio a um tufão que atingiu na semana passada a região de Tanabe, na província de Wakayama, região central do Japão
A agência Kyodo News informou que Yoshiaki Mae viu o macaquinho de 23 centímetros de aspecto frágil em uma montanha no dia 14 de setembro e o resgatou.
Desde então, o macaco bebê tem andado agarrado nas costas e barriga de "Goma" o tempo todo, tornando-se uma atração entre os vizinhos.
Mae afirmou que pretende devolver o macaco à vida selvagem.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
TERREMOTO NA FRONTEIRA ENTRE ÍNDIA,NEPAL E TIBETE MATA 55 PESSOAS (INTERNATIONAL)...
Tremor de 6,9 atingiu fronteira entre a Índia e o Nepal; mais de 100 mil residências foram danificadas
GANGTOK - O número de mortos por um terremoto de magnitude 6,9 que atingiu a região de fronteira entre a Índia e o Nepal subiu para 55, disseram funcionários nesta segunda-feira. Algumas das mortes ocorreram no Tibete. Muitas das áreas afetadas foram isoladas por deslizamentos de terra.
Pelo menos 30 pessoas foram mortas no Estado de Sikkim, no nordeste indiano, no tremor ocorrido no domingo, segundo funcionários locais. Prédios ruíram e deslizamentos também mataram outras 11 pessoas nos Estados indianos vizinhos de Bihar e Bengala Ocidental.
A polícia informou que sete pessoas morreram no Nepal. A agência estatal chinesa Xinhua informou sobre outras sete mortes no Tibete. Os tremores foram sentidos a mais de mil quilômetros de distância, em Nova Délhi, a oeste, e em Bangladesh, a leste.
As equipes de resgate se dirigindo à montanhosa área enfrentam uma difícil tarefa, em meio às fortes chuvas de monções. Muitas vias de comunicação não funcionam e rodovias estão bloqueadas por pedras que caíram e pela lama.
A maioria das mortes ocorreu quando casas, já enfraquecidas pelas fortes chuvas recentes, ruíram por causa da força do terremoto. Mais de 100 mil residências foram danificadas pelas chuvas. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
ROMANTISMO OFFLINE...
Tom Rachman lançou no ano passado, aos 35 anos, seu livro de estreia, ‘The Imperfectionists’, inédito no Brasil. Aclamado pela crítica, o best-seller, um romance sobre um grupo de jornalistas, teve seus direitos de adaptação para o cinema comprados por Brad Pitt.
Em crítica ao ‘New York Review of Books’, o também escritor Christopher Buckley diz que teve de ler o livro duas vezes “para entender como ele conseguiu fazer isso”. Neste ensaio inédito no Brasil, Rachman imagina um momento, em 2021, em que a nostalgia do passado analógico levará a uma fuga do digital
Por Tom Rachman, The International Herald Tribune
As previsões para o futuro tomam como base uma falácia: a ideia de que o amanhã será como hoje, mas um hoje ainda mais atual.
O que escapa às adivinhações é o evento singular que transforma tudo. Imagine a opinião que os especialistas manifestavam a respeito da década seguinte no dia 10 de setembro de 2001.
Até 1984, obra-prima da ficção futurista, descrevia o período em que foi escrito, tendo como pano de fundo um país semelhante à Grã-Bretanha dos racionamentos de 1948, e a trama dava vazão aos pesadelos totalitários daquele momento.
(O romance transcende a própria época graças à genialidade de seu autor, George Orwell, e à triste persistência do seu tema central; basta lembrar da Coreia do Norte nos idos de 2011.)
Quanto à década seguinte, minhas expectativas são uma projeção das ansiedades e fantasias contemporâneas – em particular, a ascensão das máquinas. Não no sentido habitual da ficção científica, com robôs renegados disparando lasers por aí.
Em vez disso, daqui a dez anos, as maravilhas da tecnologia terão alterado ainda mais o nosso cérebro e o nosso próprio ser, provocando uma feroz reação.
Toda grande mudança social é correspondida por um efeito contrário. A globalização levou aos embates mais violentos da última década, entre os que prosperavam dentro deste sistema e aqueles que o consideravam desalmado.
Antes disso, a Revolução Industrial levou ao surgimento do romantismo, cujos adeptos criticavam a urbanização e a frieza do comércio moderno, ansiando por uma alternativa idílica às fábricas e às novas tecnologias do século 19.
A próxima década testemunhará rejeição semelhante, com a ascensão dos românticos offline. Esses saudosistas do mundo desconectado criticarão aquilo que consideram ser a degradação da consciência humana: a capacidade cada vez menor de prestar atenção, a dificuldade de concentração, o zumbido da excitação digital invadindo a vigília.
Quando chegarmos a 2021, haverá governantes, pais e concidadãos insistindo para que sejam tomadas medidas contra os perigos enxergados por eles nos computadores – que, construídos para nos ajudar e nos divertir, acabaram corrompendo a programação do cérebro humano.
Esses saudosistas, ou offliners, defenderão que nossa resposta inicial aos milagres tecnológicos do início do século 21 terá sido ingênua – como a de crianças que descobrem uma máquina mágica de balas e jujubas e se recusam a admitir que empanturrar-se constantemente tem consequências.
Quando o assunto é comida, o exagero leva ao sobrepeso. No caso da tecnologia, dirão os offliners, leva a cérebros flácidos. Eles destacarão que os seres humanos de antes faziam mais do que simplesmente apertar botões à espera de recompensas
– sua consciência era exigida, e não apenas satisfeita. Eles tinham memórias internas. Eram capazes de se concentrar numa única tarefa, em vez alternar aos trancos e barrancos entre seis atividades simultâneas. Eram também mais calmos, levando uma existência livre das constantes injeções de adrenalina da excitação digital.
Se essa Nostalgia pelos Dias Desconectados será verdadeira, pouco importa – afinal, esses serão os românticos, para quem a verdade emocional é sempre mais relevante do que a exatidão empírica. De acordo com a sua fervorosa opinião, haverá algo de muito errado na vida que levaremos em 2021.
Os fanáticos vão deixar seus aparelhos eletrônicos desligados por dias, fecharão suas contas de e-mail, sairão das redes sociais, tentarão se apagar do mundo online – um seleto grupo de românticos mais dedicados pode chegar ao extremo de viver sem assistir aos vídeos virais com gatos tocando teclado.
Os moderados consignarão partes de cada dia à vida como costumávamos vivê-la, recorrendo, por exemplo, a conversas cara a cara. Chegarão até a buscar períodos de tédio – aceitando momentos que transcorram na ausência de fones de ouvido, de óculos especiais e de todas as outras formas de entretenimento.
Os programadores de software vão explorar esse mercado, desenvolvendo programas que permitam desativar aparelhos, possibilitando que os mais virtuosos se concentrem na vida por algumas horas sem serem sugados pela rede. Os mais autoritários usarão produtos do tipo para impor seus desejos de desconexão a cônjuges, filhos, colegas.
A ironia do romantismo offline está no fato de que ele será promulgado na rede, sendo impossível conceber os movimentos do futuro desprovidos de um intermediário digital. Seus opositores citarão essa história da sua origem (bem como o irritante nome atribuído a esses nostálgicos offliners) para caçoar deles, caracterizando-os como elitistas, reacionários, sonhadores.
Esta última acusação será aquela que mais os incomodará. Afinal, olhando para a sociedade como fizeram os românticos do século 19, os offliners saberão que a disputa já terá chegado ao fim.
Em 2021, os sonhos não serão mais a respeito do futuro da tecnologia; os sonhos evocarão um modo de vida anterior, mais lento, mais desajeitado e cada vez mais difícil de ser lembrado.