Em eventos que envolvem deslocamento, a metodologia permite calcular, além do total de participantes, a variação do público ao longo do trajeto: quantos entraram e saíram e quantos permaneceram do início ao fim.
É possível ainda traçar o perfil dos participantes em diferentes momentos do evento --mais uma novidade em relação a outros métodos.
Pela estimativa do Datafolha, ao todo cerca de 10.200 pessoas participaram da 28ª Caminhada da Ressurreição.
A procissão de 13 quilômetros pela zona leste da capital começou na madrugada de sábado, com 3.100 pessoas, e terminou no raiar do domingo de Páscoa, com 4.000.
O pico aconteceu duas horas depois do início, com 9.500 pessoas presentes.
A Polícia Militar e os organizadores da caminhada não divulgaram sua estimativa.
Em muitos casos, a rotatividade de pessoas em um evento é citada pelos organizadores para justificar a diferença entre o público divulgado por eles e os números dos institutos de pesquisa.
Em julho do ano passado, por exemplo, o Datafolha mostrou que na avenida Paulista e na rua da Consolação --onde acontece a Parada Gay em São Paulo-- cabem, no máximo, 1,5 milhão de pessoas.
No mês anterior, quando aconteceu a parada, os organizadores haviam divulgado a participação de 5 milhões.
"Sempre se criticou a contagem estática para eventos com deslocamento. Esse novo método oferece uma alternativa mais precisa", disse Alessandro Janoni, diretor de pesquisa do Datafolha.
Para calcular o entra e sai da multidão, 15 pesquisadores aplicaram um questionário a cem pessoas, de hora em hora. Era questionado, por exemplo, a que horas a pessoa entrou na passeata.
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