Equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Defesa Civil trabalham, na tarde desta terça-feira, em busca das vítimas soterradas após um desabamento de um prédio na zona leste de São Paulo.
Cacau, Rana, Beck, Vasty, Jade, Google e Milkar são os principais guias das equipes de resgate. Os sete cães farejadores das raças pastor belga e labrador trabalham desde a manhã em busca de sinais vitais.
'Achei que ia morrer, o teto desabou e levou tudo', diz sobrevivente
Obra que desabou estava irregular, diz prefeitura
Vítima é resgatada após orientar bombeiro pelo celular
Vítima é resgatada após orientar bombeiro pelo celular
Ao todo, há 200 pessoas empenhadas nas buscas por vítimas no local --entre eles homens dos bombeiros e policiais militares. Há ainda uma retroescavadeira para retirar entulhos jogados na rua e fazer a limpeza do local para facilitar o trabalho do resgate.
O imóvel que desabou tinha dois pavimentos e ficava na avenida Mateo Bei, altura da rua Margarida Cardoso dos Santos. No local estava em construção uma loja de roupas. Antes, o endereço abrigava um posto de gasolina. Ao todo, cerca de 35 pessoas estavam no prédio.
Segundo os bombeiros, seis pessoas morreram na queda e outras 24 ficaram feridas. A estimativa é que o trabalho de buscas possa durar até dois dias.
Há um cordão de isolamento que impede a aproximação das pessoas a cerca de 30 metros do acidente. Somente pessoas autorizadas podem ultrapassar a linha de segurança.
Um helicóptero Águia, da Polícia Militar, está pousado em uma rua paralela ao local do acidente. O piloto da aeronave está posicionado para possíveis emergências.
ALVARÁ
Segundo a Prefeitura de São Paulo, a obra que desabou não tinha alvará necessário para construção. De março para cá, o empreendimento já tinha sido multado duas vezes.
Em 13 de março, a Subprefeitura de São Mateus emitiu um auto de intimação e um auto de multa --no valor de R$ 1.159-- por falta de documentação no local da obra. No dia 25 do mesmo mês, a subprefeitura emitiu outra multa pelo não cumprimento da intimação anterior, no valor de R$ 103.500, e embargou a obra.
No dia 10 de abril, os engenheiros responsáveis apresentaram o pedido de Alvará de Aprovação de Edificação Nova na subprefeitura. Porém, não foi pedido o alvará de execução da obra. Mesmo assim, eles deram início às construções. Os engenheiros recorreram das multas, o que ainda está sendo analisado pela prefeitura.
"De acordo com o Código de Obras, a obra só poderia ter sido iniciada, mesmo sem resposta da subprefeitura, caso tivessem decorridos os prazos dos dois pedidos, ou do pedido conjunto (alvará de aprovação e alvará de execução). Ainda assim, a obra ficaria sob inteira responsabilidade do proprietário e profissionais envolvidos e estaria sujeita a adequações ou até demolição", diz nota da prefeitura.
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