Empresa indiana Godrej and Boyce encerrou as atividades em Mumbai.
Equipamento virou fetiche de jovens atraídos pela nostalgia e romantismo.
A Godrej and Boyce, companhia que ainda produzia máquinas de escrever, interrompeu a produção da fábrica em Mumbai, na Índia, segundo informações do site Mashable nesta terça-feira (26).
O Mashable creditou a empresa como a última a fabricar máquinas de escrever no mundo --mas, posteriormente, o site Gawker afirmou que ainda existem manufatureiras que as produzem na China, no Japão e na Indonésia.
"Não estamos tendo muitos pedidos agora", disse o diretor geral da companhia, Milind Dukle, ao jornal indiano "Business Standard".
O protótipo da máquina de escrever surgiu em 1714. No entanto, a produção em escala industrial veio apenas em 1868, quando Christopher Latham Sholes, um gráfico de Milwaukee, Wisconsin, patenteou o dispositivo.
Seu pico de produção foi em 1950, quando Smith-Corona vendeu 12 milhões de unidades no último trimestre de 1953.
Mas, graças à invasão do computador pessoal, apenas cerca de 400 mil máquinas de escrever foram vendidas por ano até 2009.
Embora a maior parte do mundo tenha abandonado o uso de máquinas de escrever, a Índia mostrou-se a um dos últimos bastiões de utilização da tecnologia até recentemente.
Outro nicho de mercado para máquinas de escrever é mais fantástico: apesar da sua falta de funcionalidade, elas estão sendo fetichizadas, curiosamente, por jovens descolados que são atraídos pela nostalgia e imagem romântica ligado à tecnologia, agora ultrapassada.
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